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“...bom dia, só se for para você, porque o meu já não começou bem!”
Olá pessoal!
Acredito que muitos de vocês já passaram por situações de dar um “bom dia” e não ouvir nenhuma resposta, não é mesmo?
Às vezes, fico me perguntando porque algumas pessoas têm tanta dificuldade de responder a um cumprimento tão simples ou de, pelo menos, retribuí-lo com um sorriso. No entanto, muitas parecem preferir fingir que não escutaram... Também já aconteceu comigo, de responderem com tremenda rispidez: “bom dia, só se for para você, porque o meu já não começou bem”...
Minha indignação sobre a capacidade de não se retribuir um “bom dia” e buscar uma explicação para isso, surgiu já há algum tempo. Eu lecionava na educação infantil e, ao dar um bom dia para uma criança ela simplesmente me respondeu: “hoje estou de mau humor, não responderei seu bom dia”...
Lembro-me que fiquei extremamente indignada por ter uma resposta como aquela de uma criança de apenas cinco anos. Então eu respondi: “vamos mudar esse mau humor, pois teremos um dia muito divertido pela frente”. Naquele momento ela não aceitou prontamente a minha sugestão, mas pouco a pouco, deixou aquela atitude ranzinza de lado e viveu uma manhã feliz na escola.
O que eu me perguntava após o ocorrido era: teria aquela criança repetido esse comportamento de não “bom dia” de um adulto? Afinal, não combinava, nem um pouco com uma criança tão pequena...
Comportamentos assim, muitas vezes, nos deixam desconfortáveis, sobretudo quando o “não bom dia” vem de um adulto. Daí começamos a nos questionar: será que continuo tentando cumprimentar aquela pessoa ou desisto de uma vez? Será que ela está com algum problema e por isso não me respondeu? Será que falei baixo demais e, por isso, não me escutou?
Pois bem, o desconforto de quem dá um bom dia e não o recebe de volta fica na busca de uma explicação para essa atitude...
Certo dia, ainda refletindo sobre isso, li uma frase que me fez lembrar dessas pessoas que simplesmente ignoram um bom dia: “Não adianta ter mestrado e doutorado e não cumprimentar o porteiro” (Mallone Alves). Essa frase me tocou tão profundamente que jamais me esqueci dela, sobretudo porque, acredito que cumprimentar uma pessoa é um ato de gentileza, de educação, de humanidade e, ações como essas, precisam ser cultivadas em nosso dia a dia e jamais silenciadas.
Quando se recebe um bom dia e não se corresponde, damos aos outros a impressão de que nos sentimos superiores, de que não gostamos deles(as) ou até mesmo, de que não é necessário responder a um cumprimente de quem não conhecemos...
Mas será que tais justificativas procedem?
Se você dá bom dia e também os responde, fique tranquilo(a), pois essa atitude demonstra que você deseja e/ou retribui ao outro desejos de um dia tranquilo, de um dia de paz, de um dia de alegria, de um dia bom e produtivo...
Porém, se você não possui esse hábito... que tal imaginar-se entrando em um elevador com duas ou mais pessoas lá dentro...Daí, você dá um “bom dia” e recebe de volta apenas o silêncio como resposta... O que acha disso? Que tal se colocar no lugar dos outros?
A importância de dizer “bom dia” concretiza-se em sua capacidade de transformar tristeza em alegria; é como abrir um livro quando se está desanimado e ler uma frase que mais parece um empurrão para você continuar, para seguir em frente e não desistir.
O valor de um “bom dia” expressa o tamanho que você der para ele e, se vier com um sorriso tende a ser muito mais acolhedor. E... ainda por cima... não custa nada e pode representar muito para quem o recebe...
Portanto, a minha proposta aqui foi convidá-los(as) a pensar que em uma simples palavra cabe um grande gesto, uma enorme intensão e sentimentos de generosidade, quando sai do coração.
O mundo às vezes parece tão complicado, tão agitado, tão descontrolado... Não é mesmo? E, sem um “bom dia” fica ainda mais insensato... Que tal então, tentarmos minimizar essa loucura do dia a dia, olhando para as pessoas e lhes desejando “bom dia” e porque não dizer, adaptando também o relógio: boa tarde! Boa noite!
E aí, já deram um “bom dia” hoje?
Um “bom dia” doce para vocês...
Até a próxima!
Janayna.
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