“... porque o momento de buscar nossa sintonia  

equilibrada e menos egoísta é “agora”!”

 

Olá pessoal!

 

Na conversa de hoje, gostaria de fazer uma analogia entre a nossa vida e o rádio ou melhor a sintonia de um rádio... Quando nós conseguimos sintonizar a frequência correta, aquele chiado da busca pela estação para e, podemos assim, desfrutar de uma melodia que nos agrada...

Porém, o caminho a ser seguido até encontrar a tal frequência depende de nossas ações, do nosso trabalho, de nossas escolhas...  

Mas vocês podem pensar que hoje, com o avanço da tecnologia essa sintonia do rádio acontece de forma imediata, não necessitando de uma busca e, muito menos de ouvir chiados, afinal a rádio sintoniza-se quase que automaticamente...

De uma forma ou de outra, ao sintonizar o rádio passamos por um caminho, que pode ser rápido (automático), com o auxílio da tecnologia ou mais demorado, se pensarmos nos aparelhos de rádio mais antigos. A questão é: não importa a velocidade mas sim a forma como estamos realizando o percurso de nossa vida...

Vivemos quase dois anos privados de usufruir de nossa liberdade plena devido à pandemia e, embora esta ainda esteja entre nós, nos foram abertas as portas para voltarmos ao convívio social. Notícias essas queprecisam ser realmente celebradas, pois somente olhando para trás, perceberemos o quanto esses tempos de confinamento foram difíceis para todos(as) e atingiu a cada um(a) de forma diferente.

Dentro desse contexto, a pandemia nos trouxe muitos problemas e inúmeras sequelas individuais e sociais que, certamente, necessitarão de tempo, coragem, trabalho e perseverança para serem superadas.

Como temos visto, a pobreza aumentou, o número de moradores de ruas subiu assustadoramente, os preços dos alimentos nos preocupam e dos combustíveis nos chocam. Algumas das perguntas que ficam são:

- Como superar tudo isso?

- Como voltar ao convívio social sem pensar no que precisaremos enfrentar?
- Como não observar a fome e o sofrimento alheio?

Certamente, ainda não temos respostas para esses questionamentos, no entanto, não é difícil saber que fazer uso da sintonia automática e fechar os olhos não resolverá os problemas...

Considerando a necessária retomada à convivência social, não basta somente voltar ao trabalho presencialàs escolas, aos shoppings, aos bares, aos passeios, aos clubes, aos shows... Será preciso, sobretudo, reajustar com calma a nossa sintonia com a vida, que nesse momento representa ter novos olhos não somente para si mas também para o outro, afinal, de alguma forma e em graus diferentes a pandemia atingiu a todos(as).

Esse momento, nos convoca então, a realizar uma sintonia fina com o nosso dia a dia, observando o que podemos fazer para contribuir para que a sociedade supere, dentre do possível, seus traumas provocados por tanto tempo de confinamento. E isso significa, principalmente, não deixar a nossa sensibilidade de lado, aliás é primordial que nos utilizemos dela para que, nesse período de ressocialização, respeitemos o posicionamento e o agir do outro para que sejamos respeitados também. Mesmo porque, somente é livre realmente, quem assume suas responsabilidades, ou seja, quem assume suas escolhas e que respeita o próximo.

Por tudo isso, recorri aqui, à analogia entre a sintonia do rádio e as nossas vidas, uma vez que é necessário que saiamos da transmissão ruim que nos causa desconforto aos ouvidos, para sintonia equilibrada, isto é, que seja capaz de nos conectar aos nossos próprios recursos interiores, para que sejamos capazes de não pensar somente em nós, mas também em favor daqueles que nos cercam.

Podemos dizer então, que uma sintonia equilibrada pode ser representada por uma obra de arte, ou seja, caracterizada por quem a contempla, e busca assim, formas de auxílio e mudança...

Tudo isso significa recomeçar uma nova história pós-pandemia, por meio de reverberações que nos levem à transformação, à frequência correta, e que nos faça valorizar aqueles que estão a nossa volta. É sintoniza-se no aqui e agora...

Afinal, muitos acham que para mudar o programa do rádio basta apenas mexer em um botão... Porém, esse gesto pode não ser tão simples assim, pois para apertar o botão até sintonizar a frequência certa é preciso ter iniciativa e coragem para reavaliar posturas, conceitos e propostas, atitudes essas que repercutirão no comportamento e na vida individual e coletiva.

Por tudo isso, o momento de buscar nossa sintonia equilibrada, menos egoísta e mais coletiva é “agora”!

Até a próxima!

Janayna.

 

 

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