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“É preciso afinar a passagem do tempo e torná-lo um antídoto para os nossos males, para o encontro com a felicidade... ”
Olá, pessoal!
Como vocês lidam com a passagem do tempo?
Como é para vocês observar que o tempo está passando, que as crianças com quem convivemos estão crescendo, que nossos pais estão envelhecendo, que nós estamos ficando mais velhos?
Para vocês, essa passagem do tempo traz qual sentimento?
De angústia? De medo? De realização? Ou até mesmo de indiferença?
Como é a relação de vocês com o passar do tempo?
Todos nós temos um tempo passado, que traz muitas lembranças, umas boas outras nem tanto... E também um olhar para o futuro, em que fazemos planos, desejamos atingir objetivos, buscamos a realização de sonhos...
Há pessoas que preferem viver recordando o passado. Existe também aquelas que pensam apenas no futuro.
Mas qual seria o melhor caminho?
Viver do passado ou pensar somente no futuro?
Fazer opção pelo passado ou pelo futuro não parece ser o melhor caminho. Dessa maneira, viver o presente torna-se a escolha mais acertada. Sabem por quê?
Porque quando falamos em passado, esse pode nos trazer lembranças boas, mas o desejo de permanecer nele não nos fará avançar na vida. Como prosseguir se ficarmos pensando, por exemplo, na escola que frequentamos, em quando nossos pais eram vivos, em quando tivemos aquele relacionamento? A nostalgia pode fazer parte, sim, mas desde que não nos deixe estagnados.
O passado pode ser lembrado com “doces saudades”, em que nos lembramos dos momentos especiais, de pessoas que passaram e nos deixaram aprendizagens positivas, entre outros. Tal relação é saudável quando acontece naturalmente. O problema existe quando a vontade de permanecer no que vivemos ontem persiste de forma latente.
Por outro lado, preocupar-se demasiadamente com o futuro traz angústia e ansiedade, pois não temos controle sobre um tempo que ainda não chegou. Fazer planos? Sim, faz parte. Mas é preciso tomar cuidado para não deixar de lado o presente e viver projetando o que ainda está por vir.
Ter consciência da passagem do tempo é muito importante, e tal postura nos levará a não ter uma preocupação exagerada com o amanhã e nem apego exacerbado ao que já passou. Caso essa inversão do tempo aconteça, com certeza sobrará pouco tempo para viver o presente.
Vamos, então, pensar um pouco mais sobre a necessidade de vivermos o “hoje”?
Digo o “hoje”, mas não com aquela euforia de quem tem apenas esse dia para viver e tem que sair por aí fazendo tudo o que não conseguiu fazer antes... Não é isso! É se permitir prestar atenção nas nossas atividades diárias com mais leveza e foco. Significa desfrutar a vida com serenidade para se sentir melhor e mais feliz.
A questão principal é que a nossa relação com o tempo determina a qualidade da nossa vida.
Se quando vamos para o futuro criamos em nossas mentes uma vida interessante e próspera, ou seja, projetando boas imagens, visualizando bons relacionamentos, o sucesso no trabalho, soluções para os problemas e o auxílio ao próximo, estamos, assim, nos programando para viver melhor futuramente e isso é saudável. O que não podemos fazer é viver no futuro de uma forma imaginária, porque, dessa forma, estaremos fugindo da realidade.
Existem também aquelas pessoas que pensam no futuro com um enorme receio, chegam a apavorarem-se. Possuem medo da morte, da escassez, da solidão, da falta de dinheiro, ou seja, se projetam apenas no futuro de forma negativa. Evidentemente, isso vai lhes trazer muita tristeza e ansiedade.
Deste modo, viver no futuro ou no passado de maneira negativa nos faz concluir que a nossa relação com o tempo não está correta e que isso precisa ser mudado, remodelado.
Portanto, eu convido vocês a reverem a sua relação com o tempo.
Vamos viver o hoje, o agora?
Exercitemos, então, a nossa capacidade de ser feliz nesse momento, exercitemos a nossa capacidade de ver beleza onde a maioria das pessoas não conseguem enxergar. Valorizemos as coisas simples como o amanhecer, o cheiro das flores, o canto dos passarinhos, o sorriso de uma pessoa querida, um bom dia de um desconhecido, o som de uma música que te encanta, a felicidade de estar vivo.
Está chovendo? Está um dia de sol? Não importa. Vamos tirar proveito disso, vamos valorizar esse o momento.
Trabalhemos com o tempo ao nosso favor, sem criar expectativas irreais.
Vamos, assim, afinar a passagem do tempo e torná-lo um antídoto para os nossos males, para o encontro com a felicidade.
Aproveitemos o hoje para tratar a vida com mais amor, com mais leveza.
E parafraseando a música de Tom Jobim “[Deixe] as águas de março [fecharem] o verão
É a promessa de vida no teu coração”.
“Tem um belo horizonte”, hoje, nos esperando.
Um grande abraço e até a próxima!
Janayna.
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