“Somos capazes de validar o que há de bom na nossa vida ou de trilharmos o caminho da reclamação e da angústia....”

 

Olá pessoal!

De repente, já estamos no mês de dezembro e a impressão que muitos de nós têm é de que o ano passou voando, que ontem mesmo estávamos em agosto e, agora, repentinamente já estamos decorando a nossa casa para a chegada do Natal. Pois é, o ano está passando, e lá vamos nós para mais um ano novo...

Ninguém imaginava que viveríamos quase dois anos de pandemia e, além disso, que ainda estaríamos nela, uma vez que apesar do isolamento social não ser mais obrigatório, sabemos que os riscos de contágio existem e que devemos seguir com os protocolos de proteção e prevenção...

Felizmente, esse dezembro se apresenta para todos(as) nós com uma “cara” diferente, de uma forma diferente, afinal, podemos planejar a ceia de natal com nossos familiares e também a celebração do ano novo. Certamente, mantendo todos os cuidados devido à nova variante Ômicron que nos serve de alerta para continuarmos vigilantes, uma vez que o Coronavírus segue nos desafiando e nos chamando a assumir a responsabilidade de cuidar da nossa saúde e daqueles que estão a nossa volta.

É por tudo isso que convido vocês, nesse momento, a fazerem a validação de tudo o que é bom nas nossas vidas. Para isso, precisaremos de reflexões mais atentas e profundas, mesmo porque, é muito comum ficarmos centrados em reclamações, dando “audiência” aos problemas e às situações ruins que acontecem conosco ou em nosso entorno. Mas será que vale a pena viver um Natal, e a oportunidade de um novo ano, de forma pessimista ou desacreditando que a vida possa melhorar? Será que vale a pena alimentarmos sentimentos ruins nesse novo ciclo que se inicia?

Com base nesses questionamentos, convido vocês a olharem tudo o que a vida nos apresenta pelo lado bom, validando as coisas boas, embora não sejam atitudes fáceis, uma vez que nos exigem muita força, persistência e coragem...

Um dia chuvoso, por exemplo, pode ser muito ruim para uma família que perdeu sua casa em um deslizamento de terra devido às fortes chuvas, porém pode ser uma alegria para as pessoas que sofrem com a falta d’água em sua residência por consequência da pouca capacidade nos reservatórios. E o contrário também é verdadeiro, haja vista que um dia de sol poderia significar esperança para quem ficou sem a casa e um desconforto para aqueles que estão sem água... Entretanto, com o passar do tempo, as opiniões com relação a dias chuvosos ou ensolarados podem mudar de acordo com a situação que cada um vivencia em determinado momento de sua jornada.

Mas, na verdade, quero chamar atenção aqui para aquelas pessoas que enxergam os dias de chuva sempre como ruins e desanimadores, mesmo não tendo vivido situações difíceis em tempos chuvosos, falo das pessoas que são pessimistas, que reclamam de tudo...

Mas... vocês podem se perguntar: aonde eu quero chegar?

Antes de responder a essa indagação, posso afirmar que não existe nada bom e nada ruim até o que o qualifiquemos como tal. Eis aí a grande analogia da nossa vida, isto é, somos nós quem colocamos os adjetivos para cada situação que acontece em nosso dia a dia. Não estou aqui, de modo algum, querendo simplificar sofrimentos de quem ficou sem uma casa para morar, de quem sofreu com a falta d’água, de quem perdeu um ente querido por consequência da COVID-19, de forma alguma. Mas, gostaria de destacar sim, as vezes em que somos pessimistas, em que poderíamos pensar diferente em relação a determinada situação, porém preferimos trilhar o caminho da reclamação e da angústia.

Então, onde quero chegar: na inversão do pensamento pessimista a partir da validação do que nos acontece de bom na nossa vida, adjetivando as adversidades de forma positiva. Mesmo porque, podemos ter um bom emprego, uma saúde equilibrada, uma situação financeira razoável, uma família dedicada, estar rodeados de amigos e de pessoas boas e, mesmo assim, não sermos capazes de validar o que há de bom em nossas vidas. Quando não enxergarmos tudo o que temos, existe uma grande chance dos momentos bons passarem despercebidos, fazendo com que nos tornearmos, cada vez mais, ranzinzas, infelizes e desconectados da vida...

Dessa forma, podemos não ter o trabalho dos sonhos, mas ele nos dá o sustento; Não ter a saúde perfeita, mas conseguimos caminhar; Não ter a família equilibrada, mas é ela quem nos acolhe... Assim, se não valorizarmos, para nós, em nosso íntimo, o lado bom da vida, ficará ainda mais difícil desfrutar das benesses que o mundo nos oferece todos os dias...

Por tudo isso, é muito importante aprendermos a validar o que é bom, o que funciona, com todo o carinho e com o coração. Se conseguirmos viver assim, começaremos a nos acostumar a ver o lado bom da vida. Tal atitude, com certeza, não evitará os problemas, pelo contrário, eles virão do mesmo jeito, mas a maneira de enfrenta-los será mais simples, pois estaremos encarando a vida de forma mais leve... Agindo dessa maneira, poderemos, de repente, ser exemplo de otimismo e perseverança para aqueles que estão a nossa volta...

Pois bem, em meio a tantos desafios que já enfrentamos ao longo do ano de 2021, e ainda diante da insegurança de continuarmos vivendo uma pandemia, convido vocês a uma mudança de atitude, aproveitando assim, esse final de ano, para começar a validar as coisas boas que nos aconteceram...

Comecem então, fazendo uma contagem, uma lista, enumerando as belezas da vida, o que de bom lhes aconteceu, sejam situações simples ou complexas... Vamos validar: a sensação de cheirar uma flor, de começar um novo dia, de tomar um banho quentinho, de respirar ar puro numa noite estrelada, de experimentar tranquilidade ao ler um bom livro, de ter uma conversa saudosa com um parente querido ou um amigo, de ser brindado com a chegada de um cachorrinho, de conseguir parar e ouvir o canto de um canário, de desfrutar de um almoço ou jantar em família, de experimentar a alegria de ver nascer um filho, uma neta, um sobrinho, uma criança que traz  sempre esperança para um mundo tão sofrido que deseja urgentemente curar-se...

Lembrem-se, diante das dificuldades diárias, podemos escolher ver beleza ou feiura diante de nós, tudo dependerá do que realmente queremos e escolhemos visualizar...

Que tal optarmos pelo belo, pela simplicidade da vida? Que tal semearmos com otimismo e esperança o ano de 2022 que já bate a nossa porta? Topam esse desafio?

Que sejamos luz para nós e para quem está a nossa volta hoje e sempre!

Com desejos de um Natal e um Ano Novo com muita saúde, paz e felicidade para todos(as) nós!

Abraços e até 2022!

Janayna.

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