“A água é essencial à vida”, no entanto, quando cai em excesso, é capaz de trazer destruição”.

 

Olá, pessoal!

Existem vários momentos na nossa existência que temos dificuldade de nos posicionar, não é mesmo?

Há pessoas que nunca falam o que pensam com medo de ofender, de magoar, de ferir, de bater de frente com alguém que tenha uma opinião contrária. Por outro lado, também existem aquelas que falam tudo o que vem à cabeça sem se preocupar se irão ofender.

Em casos extremos, quem não se posiciona se torna omisso, pois deixa de falar algo que poderia fazer diferença na vida daqueles que estão ao seu redor.

Muitos de nós têm a oportunidade de falar aquilo que seria necessário dizer e não falamos. E, geralmente, tomamos essa atitude porque preferimos não entrar em conflito, não nos indispormos. Porém, conflitos com sabedoria, por vezes, são necessários.

São necessários, por exemplo, quando um pai, uma mãe, um responsável, na busca de educar seu filho, diz “não” quando é preciso, mesmo diante da reclamação dos filhos.

São necessários para defender o direito à vida quando alguém ao nosso redor se vê ameaçado.

São necessários para manifestar solidariedade a quem tem fome, está desempregado, desabrigado ou passando por qualquer outro tipo de sofrimento.

São necessários para denunciar a homofobia, a misoginia ou qualquer outro tipo de preconceito e falta de respeito ao outro.

 

 

Devemos ter cuidado com a omissão. E isso não significa que precisamos criar conflitos desnecessários, mas, sim, ter a capacidade de nos colocar no lugar do outro e de verificar que alguns assuntos precisam ser ditos e colocados, para que os espaços sejam compartilhados com sabedoria, porém sem violência e sem falta de educação.

No entanto, isso não significa “falar o que tiver que falar e doa a quem doer”, pois esse é o oposto do omisso. Isso é ser rude, ser grosseiro, ser arredio, é verbalizar como se fosse um verdadeiro trator.

Muitas vezes, nos julgamos ser pessoas “bem resolvidas” e acabamos passando como uma avalanche em cima de tudo e de todos, sem nos importar com o sentimento do outro e com o estrago que nossa fala possa fazer.

É preciso falar o que pensamos, porém, com educação e sem arrogância. Para isso, cada um de nós precisa fazer o exercício de se perguntar:

- Eu estou me posicionando perante a vida?

- Se estou, como estou fazendo isso?

- Se não estou, o que posso fazer para começar a me expressar?

Mesmo porque, quando não nos posicionamos, essa falta de atitude se torna uma escolha, daí, qual direito nós teremos de reclamar?

Ou, se ao contrário, nos posicionamos em excesso, desrespeitando o outro, que contribuição estaremos lhe dando?

Esse é um assunto bastante delicado, mas que precisa ser pensado, principalmente porque precisamos aprender, a cada dia, a nos posicionar com tranquilidade, com leveza e com sabedoria, desenvolvendo, assim, a capacidade de falar sem machucar, sem ofender, sem nos julgar melhor do que aqueles que estão ao nosso redor.

Precisamos ter posições, tanto relativas a questões de ordem prática, em nosso trabalho, em nossa família, em nossa sociedade, como também relativas a questões que transcendem, tais como os sentimentos que queremos cultivar dentro dos nossos corações e os seres humanos que gostaríamos nos tornar a cada dia.

Portanto, nos posicionarmos diante dos acontecimentos da vida se faz necessário e urgente. Mas, para isso, é preciso que desenvolvamos a virtude de compartilhar o que pensamos de forma civilizada e respeitosa.

 

Desse modo, a maneira como nos posicionamos é o que realmente importa. Afinal, “a água é essencial à vida”, no entanto, quando cai em excesso, causa inundações drásticas, gerando destruição.

Assim, a medida certa de todas as coisas, ou seja, o agir com equilíbrio, não é algo simples de ser alcançado. Mas é fruto de uma conquista interna que deve ser cultivada no interior de cada um de nós.

 Vou ficando por aqui.

 Um grande abraço e até a próxima!

                          Janayna.

 

 

 

 

Postagem anterior Postagem seguinte

0 comentários

Deixe um comentário