“Batia de porta em porta pedindo um pedaço de pão ou algo para comer e, em troca, lia histórias ou cantava canções.”

 

Olá, pessoal!

O Patinho Feio. O Soldadinho de Chumbo. A Pequena Sereia. A roupa nova do Rei. Quem não conhece essas incríveis histórias? Hoje a nossa conversa é sobre Hans Christian Andersen, o autor de muitos outros clássicos literários que encantaram e ainda encantam as nossas crianças e também a nós, adultos.

O criador de “O Patinho Feio” nasceu em 1805 na cidade de Odense, na Dinamarca. Ele compôs romances, músicas e peças de teatro, mas foram os chamados “Contos de Fadas” que o tornaram conhecido no mundo todo.

Seus contos trazem histórias da vida real e falam sobre os excluídos, sobre os pobres e principalmente sobre as diferenças físicas e emocionais entre as pessoas. Podemos notar isso, por exemplo, na história do Patinho Feio, em que o personagem do título é vítima de bullying durante toda a sua fase de filhote, até crescer e descobrir que não era um pato, mas sim um lindo cisne.

Escolhi falar de Andersen porque seu pai, um humilde sapateiro, foi quem despertou no filho o gosto pela leitura. Daí fica mais claro o nosso papel de incentivar as crianças a lerem, para contribuir em sua formação como leitoras. Não importa a classe social, o acesso à leitura deve ser para todas as pessoas, uma vez que qualquer ser humano pode evoluir e até mesmo mudar de vida a partir do contato com o texto literário.

E foi isso que aconteceu com Hans Christian Andersen. Seu pai construía variados teatros de fantoches e lia para ele diferentes histórias. Assim, mostrava também para o menino todo um universo de brincar e as possibilidades de inventar e de criar.

A família era tão pobre que Andersen muitas vezes batia de porta em porta pedindo um pedaço de pão ou algo para comer e, em troca, lia histórias ou cantava canções. Essa atitude o encorajou, pouco a pouco, a ser um grande escritor, como foi reconhecido tempos mais tarde.

Com a perda do pai aos 11 anos, Andersen foi obrigado a trabalhar em uma fábrica de roupas. Sua mãe era uma simples lavadeira que, apesar do trabalho duro, não dava conta de prover a casa sozinha. No entanto, o menino nunca deixou de lado seu sonho de escrever e criar.

O Soldadinho de Chumbo, um outro clássico do escritor, traz à tona essa questão da responsabilidade no trabalho. Convocado pelo menino alegre que era seu dono, o soldadinho torna-se responsável por cuidar de um quarto de brinquedos.

A narrativa retrata também a questão da deficiência, apresentando elementos importantes para discutirmos essa temática, já que o soldadinho de chumbo possui apenas uma perna.

O conto traz o mundo mágico da brincadeira, com boa parte das aventuras acontecendo dentro de um quarto de brinquedos, sempre com ternura e amor, mas sua versão original não tem um final feliz. O soldadinho se apaixona por uma linda bailarina e, após todo o desenrolar da trama, os dois caem em uma lareira acesa. Tudo o que resta entre as cinzas são dois objetos de metal: uma estrela de uniforme que representava o soldadinho e um coração vermelho, que com certeza era a bailarina. O conto é uma verdadeira história de amor.

Assim são as histórias de Andersen: falam de amor e de tristeza, do contraste entre a pobreza e a riqueza e demonstram a capacidade do ser humano de lutar e vencer na vida, sejam quais forem as adversidades que o mundo lhes apresente.

E Hans Christian Andersen conseguiu. A literatura mudou sua vida! Desde o século XIX seus contos já foram traduzidos para mais de cento e vinte e cinco idiomas, inspiraram muitas peças de teatro e vários filmes. A Pequena Sereia, por exemplo, muitos de nós passou a conhecê-la após a estreia do desenho da Disney. Não é mesmo?

Então, vamos fazer com que a literatura infantil transforme também a vida de nossas crianças? O primeiro passo é apresentar os livros a elas. E que tal começar por uma das histórias de Andersen?

 

Um forte abraço e até a próxima!

Janayna

 

Referências: 

Globo News Literatura. Os personagens do folclore brasileiro.Disponível em: < https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6107140/> Acesso em 10.jul. 2018.

 

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