" É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas"

 Ruth Rocha.

 

Olá, pessoal!

Quem se lembra, de quando era criança, do quanto achávamos interessante uma lagarta se transformar em borboleta?

Pensávamos: como é possível um bicho aparentemente esquisito que se rasteja, transformar-se em uma linda borboleta de belas asas e ser capaz de voar?

E ainda ser possível a “esquisita” lagarta, ao tirar uma simples soneca, formar um casulo para aguardar a natureza, pacientemente, realizar a sua mutação. Mutação esta que vai de um corpo pesado que se rasteja no chão e pouco consegue ver o céu, para um leve ser que sente o vento bater em suas asas e, de repente consegue apreciar a beleza das flores mais altas de um jardim!

Mas vocês devem estar se perguntando: o que tem a ver nossas conversas sobre Literatura infantil, com a questão das lagartas e borboletas?

E eu já lhes respondo, tem tudo a ver, sabem por quê? Porque estamos fazendo uma metáfora, uma analogia entre as lagartas/borboletas e nossas crianças, isto é, nossos filhos, nossas filhas, nossos alunos, nossas alunas...

Serão eles, serão elas, lagartas ou borboletas? Traduzindo o sentido metafórico, queremos que nossas crianças continuem na fase inicial de uma lagarta ou evoluam para um estágio de completude de uma borboleta? O que desejamos que sejam? Como estamos ou não contribuindo para isso?

 

Mas vamos lá... Pensem comigo sobre esta frase que retirei do livro A primavera da Lagarta de Ruth Rocha: " É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas".

Isso mesmo! Inspirada nessa frase de um livro que faz parte da literatura infantil, convido vocês a pensarem em nosso papel de proporcionar que nossas lagartas possam se transformar em lindas borboletas, como já dizia Vinícius de Morais.

Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas.

O que estamos fazendo para que nossas crianças tenham autonomia para se transformarem em borboletas?

Temos confiança e coerência em nossas ações? Isto é, o que ensinamos aos nossos filhos, aos nossos alunos, aos nossos afilhados está de acordo com aquilo que praticamos?

Se eu peço para o meu filho, por exemplo, para cumprimentar as pessoas, para falar baixo, para respeitar os adultos, entre outros. Enquanto mãe, não posso sair gritando com ninguém e nem fazer de conta que não vi aquele vizinho, somente para não ter que falar um simples “bom dia”.

Muito já ouvimos sobre a importância de educar pelo exemplo, não é mesmo?  Para isso, é preciso definitivamente conciliar o que verbalizamos com as nossas atitudes. Isso implica em falar e vivenciar valores humanos, auxiliando nossas crianças a desenvolverem suas capacidades afetivas, relacionais e cognitivas.

Quando buscamos desenvolver essas capacidades em nossas crianças, estamos possibilitando que nossas lagartas se tornem borboletas, não é mesmo?

Faz parte desse contexto permitir que nossas crianças desenvolvam a autonomia. Assim, o correto é não subestimar a capacidade de nossos pequenos, afinal, eles possuem inúmeras habilidades de pensar, de tomar atitudes ou de resolver pequenos conflitos. Por isso, é preciso levar em conta o saber o que os pequenos trazem consigo, considerando a cultura que estão aprendendo e ajudando a construir.

Portanto, é importante nessa nossa trajetória de educar, sempre lembrarmos que a criança traz consigo, não somente a vontade de aprender coisas novas, mas o impulso pela descoberta por meio da curiosidade, da vivência, da experiência, da brincadeira, da doçura.

Precisamos assim, conciliar a dinâmica do conhecimento à vida.  Tudo o que ensinamos para uma criança, torna-se conhecimento que será bem ou mal aplicado por ela no decorrer de sua vida.

Então, como bem canta Luciana MelloBorboletas são tão belas o que seria delas se não pudessem voar?”.

Já é hora de permitirmos que nossas crianças passem de forma tranquila e, é claro, com o nosso apoio, incentivo, supervisão e paciência pela mutação de lagartas a borboletas...

E vocês? Se consideram lagartas ou borboletas?

Deixo vocês me darem a resposta no nosso próximo encontro! Combinado?

Ah! Eu já estava me esquecendo...

Quer contar histórias que trabalham valores humanos para as crianças? Segue a dica: “Coleção o que cabe no meu mundo” da Bom Bom Books.

Até a próxima!
Janayna.

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