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Olá, pessoal!
Que bom nos reencontramos novamente!
Hoje daremos sequência às nossas conversas a respeito da leitura e sua importância para a nossa participação no mundo das letras, afinal é por meio dela que ampliamos e construímos novos saberes.
Mas o que representa a leitura para cada um de nós?
Para os que leem bastante, o ato de ler pode significar ir ao encontro de diferentes conhecimentos, ampliar pensamentos, ter acesso a uma gama de informações ou, simplesmente, sentir prazer.
Já para os que não possuem o hábito da leitura, ela pode representar um grande desafio, um peso, uma obrigação, um incômodo, ou até mesmo um enorme esforço mental. Mas por que não fazer dela uma conquista?
Assim, quando temos o hábito da leitura nos parece fácil incentivar nossas crianças a lerem desde cedo, mas se não gostamos, fica bem mais difícil, não acham?
De uma forma ou de outra, o que precisamos fazer para incentivar o gosto pela leitura em nossas crianças?
Ler é essencial para interpretarmos o mundo. O primeiro passo é fazer da leitura um exercício diário. E esse exercício precisa ser introduzido de forma feliz, ser um deleite, algo prazeroso, caso contrário não formaremos leitores...
Portanto, proporcionar às crianças o acesso a bons livros e criar uma rotina de leitura seja em casa ou na escola, é fundamental.
Se você é pai, mãe, avó, tio, tia, crie uma rotina para ler histórias para os pequenos em casa. Antes de dormir é uma boa opção, pois a criança pouco a pouco irá se habituar a esses momentos em família, uma vez que terá a oportunidade de dar asas à imaginação em um ambiente acolhedor e familiar, onde se sentirá à vontade para perguntar, sugerir e participar dos momentos de “contação”.
Se você é professor, professora, coordenador pedagógico entre outros, crie esses momentos em sala de aula, utilize-se de uma leitura planejada, isto é, escolha o livro com cuidado e leia-o antes de apresenta-lo às crianças. Ao trabalhar o texto com os seus alunos convide-os a conhecerem o livro passando inicialmente pelo autor, pelo ilustrador e, durante a “contação”, além de ler o texto em voz alta e com entonação, não se esqueça de explorar as imagens.
Quando um adulto conta uma história, lê um texto ou declama uma poesia para uma criança, seja em casa antes de dormir, ou na escola nos momentos de socialização, está auxiliando-a a pensar sobre a língua, a aprimorar sua linguagem e a compreender que o que está sendo lido corresponde a um texto escrito. Isso significa entrar dentro narrativa e a partir das nossas ações e da forma como contamos a história, fazer com que os pequeninos percebam o quanto a leitura é importante e prazerosa.
Se apresento para uma criança, por exemplo, uma história que traz como personagem principal um macaco, sabemos que eles adoram bananas, não é mesmo?
Mas nessa história ele gosta mesmo é de mangas...
A partir daí é possível trabalhar os diferentes sentidos de uma palavra, ou seja, a “manga pode ser uma fruta” ou simplesmente a “manga que faz parte de uma blusa” que o macaco usa. Dentro dessa perspectiva, estarei mostrando à criança que dependendo do contexto onde a palavra está inserida, pode ter outro significado.
Ainda com relação à palavra “macaco”, pode-se explicar que, muitas vezes, o termo é usado para nomear um objeto que utilizamos no carro para levantar um pneu que está furado, mas que dentro de uma floresta a nomenclatura “macaco” nada mais é que um animal que pula de galho em galho.
Assim, o papel do adulto é o de ser o elo entre a criança e a leitura. Por isso, precisamos ler mais, conhecer diferentes autores, diferentes gêneros textuais tais como os contos, as lendas, as parlendas, as músicas e as poesias, para que sejamos capazes de incentivar as crianças a lerem.
Quando lemos bons livros, adquirimos novos saberes, aprendemos novas palavras, conhecemos outras culturas.
Quando temos uma relação íntima com os livros, as crianças percebem esse nosso envolvimento, e ao lermos para elas, também se envolvem com o texto, com os personagens, com as ilustrações.
É assim que as crianças vão pouco a pouco, tornando-se leitoras, ouvindo o adulto, conversando sobre a história, dando asas à imaginação, fazendo releituras, enfim, vivenciando o texto literário.
Espero que tenham gostado da nossa conversa de hoje!
Um grande abraço, e até a próxima!
Janayna.
Referências: BUENO, Renata; MEDINA, Sinval. Manga Madura Não Se Costura? São Paulo: Editora do Brasil, 2012.
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