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““Quem lê para uma criança, mostra para ela a vastidão da vida humana e compartilha aquilo que faz parte da existência.”
Olá, pessoal!
Desde pequenos, aprendemos com nossos pais a discernir entre o bem e o mal. E quando falo em pais, falo do adulto que educa. Pode ser o pai, a mãe, a avó, a tia, o padrinho, a professora... Eles usam as pequenas atitudes do dia a dia para nos mostrar a importância de cultivarmos valores como a honestidade, o respeito, a paciência, a compreensão, a humildade, a solidariedade e muito mais.
Aprendemos que não podemos pegar nada que é do outro sem pedir, que devemos respeitar os mais velhos, que não devemos ficar nervosos com as pessoas, que é preciso parar para ouvir o que nos falam, que é educado dar bom dia às pessoas, que falar de boca cheia enquanto comemos é feio, que dar descarga e lavar as mãos após usar o banheiro é uma questão de higiene, que agradecer por um presente que ganhamos é o melhor a fazer...
Todos comportamentos simples e necessários que aprendemos já na infância e cultivamos por toda a vida. E são tão naturais que pode até parecer normal que uma criança já possua dentro dela esses princípios e valores morais. Mas eles não são natos! Devem ser construídos pela família e pela escola, por meio do exemplo. Se os adultos não cultivarem virtudes e comportamentos respeitosos diante dos outros, dificilmente nossos pequenos agirão diferente.
Exemplifico com a questão da linguagem oral. Uma criança não nasce falando, este ato deve ser aprendido a medida em que se desenvolve. Apesar de possuir capacidade para falar, é necessário que adultos conversem com ela e a estimulem, caso contrário, apesar de ter a capacidade, isso não acontecerá se viver em um ambiente onde ninguém fale.
Lembram da lenda do menino que se perdeu na floresta e foi criando por lobos? Ele não aprendeu a falar, embora tivesse capacidade para tal. Por que isso aconteceu? Por uma questão óbvia: lobos não falam! Convivendo com lobos, o menino aprendeu a agir como um lobo e não como um ser humano.
A história é uma boa analogia de como os nossos valores e comportamentos são aprendidos desde a infância pelo exemplo dos mais velhos. Nós nos guiamos pela forma dos adultos agirem e pelas conversas e reflexões diárias que tínhamos com nossos pais, professores e outros tantos que ajudaram a construir a nossa educação.
Toda essa conversa é para nos fazer refletir sobre o nosso papel enquanto formadores das crianças. Daí a importância de pensarmos em quais exemplos estamos transmitindo a elas e como estamos fazendo isso.
A Literatura Infantil é uma grande aliada nessa formação, pois a história é capaz de desencadear uma série de reflexões, fazendo com que nossos pequenos construam valores, comportamentos e saberes.
A literatura ensina, contagia e é preciosa porque fala de pessoas, mostra lugares, aguça a imaginação, traz sentimentos, apresenta o inusitado, analisa o bem e o mal, fala dos nossos sonhos, dos nossos medos, dos nossos anseios. Acima de tudo, nos encoraja, a partir de histórias que permitem nos projetar como heróis, princesas, camponeses, conquistadores ou naqueles que enfrentam todos os obstáculos para mudar o mundo.
Serve para formar seres humanos. Literatura é vida, é experiência, é partilha, é emoção, é construção de valores! E deve fazer parte do cotidiano, sobretudo na infância. Quem lê para uma criança, mostra para ela a vastidão da vida humana e compartilha aquilo que faz parte da existência.
Por isso, ao contarmos uma história, previamente escolhida com cuidado e amor, não estamos meramente passando o tempo, para que nossos filhos ou netos consigam dormir. Estamos auxiliando em sua própria formação, estamos nutrindo a alma!
Experimentem!
Um forte abraço e até a próxima!
Janayna
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