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“Além de ler o texto em voz alta e com entonação, podemos ainda explorar esse momento pedindo que as crianças acompanhem com os olhos a nossa leitura no intuito de perceberem a escrita.”
Olá, pessoal!
Vocês já pararam para pensar na importância de ler em voz alta para as crianças? Pois é, sempre que contamos histórias para elas, estamos também lendo em voz alta.
Muitas vezes, não nos damos conta de que, além do papel maravilhoso que estamos realizando, que é o de contar histórias proporcionado a construção de novos conhecimentos e despertando o leitor em potencial que é a criança, estamos ao mesmo tempo exercitando a leitura em voz alta. Esse procedimento estimula a familiarização e a imersão de nossos pequenos, dentro das práticas de leitura e escrita.
Mas vocês podem me perguntar: como isso acontece?
A partir da leitura em voz alta que desenvolvemos ao contar uma história, estamos ainda propiciando uma progressiva participação da criança no mundo das letras.
A prática da leitura em voz alta realizada pelo contador de histórias, isto é, pelo adulto que lê para a criança, faz dele um modelo de leitor. Portanto, esse adulto representa alguém que é capaz de despertar novos conhecimentos e que dará suporte ao aprendizado infantil, no que se refere não somente à leitura, como também à escrita, independente da criança já ser ou não alfabetizada.
Nessa perspectiva, o adulto torna-se então um modelo de leitor para a criança, pois ao escutar uma história, ela presta atenção em sua forma de se expressar e tende a imitá-lo, principalmente porque consegue perceber que o que está sendo lido por ele é representado por palavras e frases escritas.
São nesses momentos de escuta de narrativas que nossos filhos, nossas netas, nossos sobrinhos, nossas afilhadas, nossos alunos, começam a compreender a diferença entre a linguagem oral, que é aquela que está sendo lida e a linguagem escrita, representada pelo texto da história.
Para desenvolver a leitura em voz alta, podemos utilizar livros de Literatura Infantil, a partir de diferentes narrativas literárias como, por exemplo, os contos de fadas ou histórias de autores brasileiros. Além disso, é recomendável incluir a leitura de gibis, de parlendas, de poesias, de músicas, de receitas e até mesmo de notícias de jornais, de revistas e de cartazes de propagandas que sejam, é claro, adequadas para a idade do nosso “público”.
A partir daí, esse modelo de leitor deverá sempre, ao finalizar a leitura, realizar conversas sobre o que foi lido, explicando para as crianças a respeito do gênero textual trabalhado, bem como sobre o papel de cada um deles em nosso dia a dia. Assim, podemos falar para elas que:
Ao realizarmos uma leitura e discutirmos com nossos os pequenos para que serve um ou outro texto, quem o escreveu e quais os valores contidos nele, tal atitude significa fazer da leitura em voz alta um instrumento de construção de novos saberes e possibilidades. Não é mesmo?
Para tanto, quando apresentamos para a criança as intenções do texto e o que podemos aprender com ele, estamos ensinando, sobretudo, a importância de ler para compreender a escrita. Validamos, desse modo, a necessidade de ler e escrever para entender e participar ativamente do mundo letrado do qual fazemos parte.
Além de ler o texto em voz alta e com entonação, podemos ainda explorar esse momento pedindo que as crianças acompanhem com os olhos a nossa leitura no intuito de perceberem a escrita. É aconselhável também que releiam sozinhas uma parte do texto se já estiverem alfabetizadas. Caso contrário, a dica é repetir o que foi lido com a nossa ajuda, para que memorizem e consigam fazer a relação leitura/escrita.
Por fim, é preciso ressaltar que, para realizarmos uma boa leitura em voz alta, o primeiro passo é escolher um gênero textual que desperte o interesse pela leitura e pela escrita por parte das crianças. Daí a necessidade da escolha de textos interessantes, divertidos e principalmente capazes de despertar a curiosidade e o prazer pela leitura.
Bora então ler em voz alta? Convide sua criança e leia, leia, leia bastante.
Vou ficando por aqui.
Um grande abraço e até a próxima!
Janayna.
Referências:
BATISTA, Antonio A. G. Alfabetização e Ensino de Português: um desafio e algumas perspectivas curriculares. In: Anais do I Seminário Nacional: Currículo em Movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, novembro de 2010.
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